Um dos principais nomes da produção argentina contemporânea, Graciela Sacco (1956) realiza na Zipper sua primeira exposição individual no Brasil. Aberta a partir do dia 22 de agosto, a mostra "Foram ao norte para chegar ao sul" reúne instalações, vídeos, fotografias e objetos da artista, que é reconhecida por desenvolver técnicas inovadoras de impressão fotossensíveis, rompendo com suportes tradicionais. Com curadoria de Diana Wechsler, professora da Universidad de Buenos Aires, a exposição fica em cartaz até 30 de setembro.
“Foram ao Norte para chegar ao Sul” é também título de série recente da artista, que, de certa maneira, condensa os temas alvo da exposição: a relação entre memória e fotografia e entre arte e sociedade, deslocamentos, migrações, exílios e a diáspora contemporânea.
A última vez que Graciela Sacco apresentou um corpo expressivo de trabalhos no país foi em 1996, durante 23ª Bienal de São Paulo, da qual participou como representante argentina. A...artista acumula, ainda, diversas outras participações em bienais internacionais de arte: Ushuaia (2009), Shanghai (2004), Veneza (2001), Havana (1997 e 2000) e do Mercosul, 1997. Neste ano, Graciela participa, ainda, da Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul (Bienalsur) com a intervenção urbana “¿Quién fue?”.
Influenciado pelo conceitualismo latino-americano dos anos 1960, seu trabalho tem forte implicação política e se expressa, frequentemente, na evidenciação de conflitos e tensões, sejam sociais, políticos, econômicos, entre sujeito e objeto, luz e sombra, espaço e suporte. Na individual, Graciela faz, ainda, um panorama de sua produção, com trabalhos da década de 1990 – como os da série “Bocanada” (1994), apresentados na Bienal de São Paulo de 1996 –, do inícios dos anos 2000 e algumas mais recentes, produzidas após 2010.
Sobre a artista
Graciela Sacco (Rosario, 1956) é reconhecida por trabalhos desenvolvidos a partir de técnicas inovadoras de impressão fotossensíveis, que permitem a gravação de imagens em meios pouco usuais. Influenciada pelo conceitualismo latino-americano dos anos 1960, entre eles o coletivo Tucumán Arde, sua produção tem forte implicação política. A relação entre a memória e a fotografia é outro tema fortemente explorado pela artista. Em vídeos, instalações e intervenções urbanas, além das impressões em heliografia em distintos materiais, ela examina as tensões entre arte e sociedade e trata de questões como deslocamentos, migrações, exílios e a diáspora contemporânea. Graciela já representou a Argentina em diversas bienais internacionais, entre elas: Veneza (2001), São Paulo (1996), Havana (1997 e 2000), Mercosul (1997), Shanghai (2004) e Ushuaia (2009). Participou também de mostras individuais e coletivas em países como Inglaterra, Alemanha, França, Israel, Estados Unidos, Brasil, Colômbia e Peru. Sua obra está presente em importantes coleções internacionais, entre elas: MAMBA (Museu de Arte Moderna de Buenos Aires), Argentina; MACRO (Museu de Arte Contemporáneo de Rosario), Argentina; Museu do Bronx (Nova York, Estados Unidos); MFAH (Museu de Bellas Artes de Houston), Estados Unidos; Museum of Art Fort Lauderdale, Estados Unidos; Coleção Microsoft, Washington, Estados unidos; Essex University, Colchester, Inglaterra.
Sobre a curadora
Curadora, pesquisadora e doutora em História da Arte, Diana Beatriz Wechsler (1961) é professora titular da Universidad de Buenos Aires (UBA). Dirigiu exposições e projetos na Argentina, Itália, Brasil, México, Espanha e Alemanha. Principais publicações: Entre tiempos…Presencias de la Colección Jozami en la Lázaro Galdiano” (2014); “Pensar con imágenes” (2012), “Imágenes e historias” (2011), “Realidad y utopía, Realidad y Utopía” (Berlín 2010); Gorriarena, Itinerarios (2007), “Territorios de diálogo” (México, 2006); “Los surrealistas” (2005). Prêmios: AICA-ABCA (2003); Cámara de Diputados de la Nación (2004); AICA-AACA (2007).
Entrada actualizada el el 16 ago de 2017
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