A problemática relação das práticas culturais com o Estado e com o mercado tem ocupado grande parte da discussão acerca do papel e do estatuto social da cultura no nosso tempo.

Não sendo este certamente um tema secundário, é provável que esse debate tenha caminhado num sentido cada vez mais viciado, como se nada mais importasse para lá do financiamento público, da valorização mercantil ou do mecenato privado.

Como se a arte e a cultura pudessem ser reduzidas à condição de meros ornamentos e/ou mercadorias, anulando assim o potencial emancipatório que lhes é próprio. Discutir os usos e as possibilidades da cultura no início do século XXI equivale assim a ressuscitar um debate mais antigo, que está longe de se ter esgotado e cujos contornos se vêm tornando cada vez mais problemáticos.

Oradores ... convidados: Manuel Graça Dias, Emanuel Rodriguez Lopez, Vladimir Sybilla Pires, Ana Maria Bigotte Vieira, Manuel Deniz Silva, António Guerreiro, João Pedro Cachopo, Tiago Baptista, Nuno Domingos.